POR ONDE
ANDA A CHUVA?
Sinopse
O universo mitológico desse ato teatral se dá com duas figuras, não pessoalizadas, não individuais, figuras alegóricas e totêmicas feitas de barro, fragmentos de memórias de uma terra e seus séculos de história. Num paralelo Taki Ongoy, como resquícios de uma súplica, esse pedaço de terra toma forma em duas figuras - Bentonita e Caulim - que vagam em busca constante de suas memórias, de suas festividades, seus ritmos e danças para não secarem, caminhantes eternos à procura da chuva, da lenda, da Abuela Grillo.
Para não restarem inertes em terra seca, essas figuras espalham a enfermidade da dança, contagiando o público através da festa, umedecendo memórias para impedir a secura do mundo.
O Espetáculo
“Por Onde Anda a Chuva?” parte de uma pesquisa sobre lendas, festas tradicionais e ritmos latino-americanos, inspirados por uma versão da Abuela Grillo - uma lenda tradicional do povo originário Ayoreo que conta a história de uma avó grilo que, com seu canto, tinha o poder de trazer a chuva.
Através da linguagem das máscaras e da música em cena, esse trabalho pretende tocar em questões socioambientais e de memória coletiva, como a disputa de recursos naturais, colonização, crise ambiental e modos comunitários de viver em abundância e harmonia. A montagem desse espetáculo foi contemplada pelo Prêmio Elisabete Anderle de Estímulo à Cultura - Edição 2022.
Ficha técnica
Elenco: Emeli Barossi e Pedro Torres
Direção: Claudia Sachs e Barbara Biscaro
Figurino: Adriana Barreto
Cenografia: Guilherme Rosário Rotulo
Confecção de Máscaras: Sid Ditrix
Mascaramento: Sid Ditrix e Claudia Sachs
Designer Gráfica: Morgana Oliveira
Mediação de Público: Thiago de Castro Leite
Oficina e vivência com barro: Betânia Silveira
Produção: La Luna Cia de Teatro
Público-Alvo: Jovens e adultos
Classificação Indicativa: Livre
Duração: 50 minutos